sábado, novembro 26, 2005

Sobre Capra

Fritjof Capra, físico austríaco residente nos Estados Unidos supreendeu o mundo com livros como "O Tao da Física" e " O Ponto de Mutação". Em questáo está um novo paradigma. Ontem, Capara falou para um público de mais de 800 pessoas no encereamento do Diálogo das Águas que discutiu a água na Bacia do Prata e organizado pela Itaipu Binacional. O evento aconteceu em Foz doIguaçu e maias especificamente no Salão de Exposição do Rafain Palace Hotel na BR 277 logo após a entrada da cidade.

Capra falou de tudo. Sustentabilidade. Ecoalfabeização. Eco-design. Ações elogiáveis e muito mais. Sobre sustentabilidade, Capra lembrou que otermo usado pela pimeira vez por
Lester Brown fundador do World Watch Institute e consideradoum dos maiores pensadores da atualidade. Capra lembrou que há confusão sobre o que significa sustentabilidade? Há muitas definições. A maioria tem a ver com o uso dos recursos hoje de maneira a não comprometer os mesmos recursos para gerações futuras. Mas segundo Capra, apesar disso, está faltando uma definição quedeigaoque fazer e coo conseguir a sustentabilidade.

Capra citou algumas das coisas que ele considera importantes. A eco-educação nos níveis de ensio básico, médio, na uiversidade, na educação continuada e na vida. Ele disse que um dia a sobrevivênciada humanidade vai depender dos níveis dessa eco-educação entre os políticos, os líderes do comércio e da indústria e na sociedade em geral.

Associado a isso, o importante é o eco-design. Quer dizer o desenho ecológico, de projetos. Um projeto de eco-design deve ser: de pequena escala; energeticamente eficiente; beneficiar a população local e ser de mão de obra intensiva.

Parece simples. Mas não é. A globalização está por aí pregando exatamente o contrário e com base em fundamentos simples e totalmente opostos. Para a globalização o fundamentoé o lucro. Dinheiro acimade tudo: de doemocracia, de direitos humanos, de preservaçào de meio. Exemplo: os transgênicos. Que dizer o que está por trás dos transgênicos. A dominação financeira, tecnológica, o perigo amplo para a natureza e o Planeta, o efeito sobre comunidades locais e muito mais.

E eco-alfabetização?
Pimeiro uma nota lingüística. Todo brasileiro sabe o que significa "analfabetismo". Se você retirar o sufixo "an" teremos o "alfabetismo". É a essa palavra que não temos que se refere o "eco-literacy" de Capra, que até tem uma ONG para isso. O analfabeto ecológico é aquele que não sabe ler a natureza, não entende a sua linguagem. "A natureza é inteligente. Porém, a inteligência não é necessariamente um processo verbal. A compreensão que fica presa às palavras é superficial. O conhecimento pode ocorrer de modo direto, independente do acúmulo de informações." (veja esse texto sobre o livro A Teia da Vida).
Assim é necessário ensinar as pessoas a ler a natureza, osrios, a áua, atmfosfera, os humores, a natureza humana, tudo. Éisso que se refere a alfabetização ecológica que vai além do ABC, artificial.
Alguém perguntou na palestra como isso pode ser feito. Capra disse que esta alfabetização ecológica não deve acontecer na sala de aula de todos os níveis de educação. É bom que parte deste aprendizado se dê na natureza. Não se está falando de aula de biologia ou ciência. É mais profundo. Trata de sentimento. Emoção. Como se avalia este aprendizado? Como se avalia o amor do "aluno" pela natureza?
Para aqui um pouco. Reflita! Volto assim que der...

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